quarta-feira, 6 de julho de 2011

Amor sem Escalas – parte 3.

Última parte da trilogia de posts de Amor sem Escalas. 
O assunto de hoje é demissão.


        “People do crazy shit when they are fired



O filme Amor sem Escalas foi bastante ousado em tratar do assunto demissão, especialmente quando os EUA estavam no pico da recessão financeira e milhares de pessoas estavam perdendo seus empregos. Uma curiosidade é que os figurantes dos papéis de funcionários demitidos são pessoas comuns que realmente perderam seus postos na crise e contaram suas experiências no filme, replicando a situação vivida (exceto o ator que aparece no início e quebra tudo no escritório quando recebe a notícia, daí a citação em inglês que encabeça esse post. Aquele personagem é interpretado pelo ator Zach Galifianakis de “Se Beber Não Case” partes 1 e 2).

Para muitos, reviver a situação na frente das câmeras foi como terapia. A produção pôs anúncios em jornais convidando pessoas que tivessem perdido seus trabalhos em consequência da crise a participar da gravação. Assim, muita gente pôde relatar o que gostaria de ter dito ao chefe naquele momento. Segundo relato de alguns, participar do filme lhes permitiu reconquistar um pouco do respeito próprio após sofrer uma das experiências mais humilhantes da vida.

Amor sem Escalas traz momentos muito sensíveis. À primeira vista, podemos nos enganar com sua história que traz pitadas de comédia, mas no fundo o filme é um drama que toca num assunto polêmico e delicado para muita gente.

Particularmente, eu nunca tive que demitir ou comunicar a demissão de ninguém, mas já trabalhei com vários colegas que foram desligados. A situação é muito delicada. Assim como o filme bem retrata, têm-se diversas reações: há quem ria (de verdade ou de nervosismo), há quem chore, há quem xingue e há quem fique em choque, só não há quem fique incólume. Para alguns, ser demitido pode trazer sentimentos de raiva e de injustiça (por que eu? sempre fui comprometido, dedicado, nunca faltei, já vim trabalhar doente, etc.). Para outros, pode ficar o aprendizado – o que poderiam ter feito melhor em suas atividades, o que levarão de lições ou que erros deixarão de cometer em futuros empregos.

O que muita gente não entende é que emprego é um contrato, por isso se chama Contrato de Trabalho. Se um dia você acordar sem vontade de trabalhar e quiser romper o contrato você pode. Por ser um contrato, existe uma multa ao rompê-lo, que para o funcionário é não receber seu FGTS, seguro desemprego e outros vencimentos. Se por outro lado, for a empresa que decidir desligá-lo, ela é que arca com as penalidades, e o funcionário recebe tudo certinho, na ponta do lápis (Bom, na maioria dos lugares é assim, e a CLT está aí para garantir isso.)

Oras, se o funcionário pode quando lhe der na veneta romper o contrato sem dar qualquer satisfação ou explicação plausível, por que o empregador, em tese, precisaria? Pensando em termos éticos, espera-se que o empregado ou empregador tenha respeito pela outra parte e ofereça uma justificativa para o desligamento e se possível, cumpra o aviso prévio. O aviso prévio serve para, no caso do funcionário que se demite, dar tempo ao empregador de buscar um substituto e para a empresa se organizar e absorver as funções deste; já no caso de quem é desligado, o aviso serve para a pessoa ter um tempo razoável de buscar outra ocupação e não ficar tanto tempo parada. Qualquer que seja o caso, num cenário ideal ambas as partes devem trabalhar para que a situação não ocorra em clima de tensão ou hostilidade. No dia a dia, a realidade é bem diferente.        
             
Para ilustrar o meu ponto de vista, vamos pensar em termos de relacionamento amoroso. Imagine um casal de namorados. Uma das partes não tem mais interesse em permanecer naquela relação – vai adiantar o outro dizer que sempre se comprometeu, sempre esteve lá, fez tudo o que o outro quis, foi namorar doente, de atestado e tudo?? Quando chega ao fim, chega ao fim. É triste, mas é isso. A empresa pode demitir alguém porque não está satisfeita com o trabalho daquela pessoa, porque precisa realmente reduzir custos, ou simplesmente porque tem outras estratégias e direcionamentos que não mais incluem o funcionário. Quanto a isso, infelizmente não adianta espernear.


O funcionário pode ser competente, comprometido, ambicioso, mas não ser mais interessante para aquela organização. Isso é tão verdade, que as grandes empresas e multinacionais oferecem serviços de reposicionamento, isto é, oferecem todas as condições para que o funcionário desligado tenha à disposição maneiras necessárias de se reinserir no mercado. Isso se dá através de uma consultoria especializada que avalia o currículo, busca cursos de atualização e muitas vezes até dispõe de um ambiente em que a pessoa pode frequentar algumas vezes por semana para usar telefone, internet, etc e fazer contatos com recrutadores. Óbvio que isso tem um custo para a empresa e esse benefício só é oferecido quando a empresa considera o ex-funcionário muito bom e que só não é mantido na organização porque esta não mais terá condições de aproveitar seu perfil. Essa situação é mostrada no filme quando Ryan conduz o processo em algumas organizações e no “pacote de benefícios” está incluído tal serviço.

Se há uma coisa que pode valer de consolo é que ser demitido definitivamente não é o fim do mundo. Para quem acabou de perder seu cargo, principalmente se estava indo bem e tinha planos de crescer naquela empresa, isso pode parecer frase de quem não tem mais o que dizer, ou simplesmente autoajuda, mas a verdade é que é simples assim. Permita-se sofrer, reflita, converse, tire uns dias para si mesmo, relaxe, faça uma viagem curta se tiver condições e logo em seguida trace planos. Quer um conselho melhor ainda? Tenha planos antes que isso aconteça e não seja pego desprevenido. A melhor maneira é investir em si mesmo, estude inglês (se ainda não sabe), ou aprenda outras línguas se já falar inglês. Esteja sempre por dentro do que acontece no mundo, especialize-se, acompanhe as novas tecnologias e descubra o que o mercado quer e precisa. Acima de tudo, faça contatos. Hoje em dia mais de 60% das conquistas de emprego se devem à indicação de amigos ou conhecidos.

Não se desespere. Muita gente acha que o emprego que tem no momento é o melhor do mundo e que não pode conseguir nada melhor. Engana-se. Sempre há algo mais desafiador e recompensador para o qual vale a pena tentar. Sabe as pessoas que perderam o emprego na crise e deram depoimento no filme? Em menos de um ano conseguiram novos trabalhos! Vários colegas que trabalharam comigo estão em outras empresas e se dando muito bem. Como diria Ryan Bingham “Muitas pessoas que lideraram impérios sentaram onde você está hoje e por isso conquistaram o sucesso!”

Um grande abraço e até a próxima!

Um comentário:

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