quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amor sem Escalas – parte 2.

Continuando o post da semana passada, quando falamos das viagens a trabalho de Ryan, fiquei devendo falar mais sobre isso.


A vida de quem viaja a trabalho pode parecer bem glamourosa à primeira vista, mas se mostra bastante complexa e exigente quando analisamos mais de perto. O primeiro mito que precisamos derrubar é o de que viajar a trabalho é (somente) diversão. Coloquei o ‘somente’ entre parênteses, pois há, sim, divertimento. Entretanto, viajar a trabalho pode ser mais cansativo do que ficar na sua própria cidade. Isso porque quem viaja muito a trabalho está sempre em contato com clientes, sócios, diretores – os quais já têm suas agendas apertadas e suas próprias expectativas. Assim, é preciso ter muita eficiência e organização para otimizar o tempo e os custos investidos na viagem.

A primeira etapa é os preparativos pré-viagem. Eu costumo usar uma lista de itens que não devo esquecer ao fazer minha mala, por exemplo. Era de esperar que por viajar bastante isso me fosse automático e rápido, mas é o que mais me exige atenção quando me preparo. Por não gostar muito de arrumar mala, eu passo bastante tempo re-conferindo os itens para ver se não esqueci nada.

No filme Amor sem Escalas, vemos claramente os macetes que Ryan usa para aproveitar seu tempo. O primeiro começa na arrumação da própria bagagem: ele só leva uma mala com tudo o que vai usar na viagem. Dessa forma, não precisa despachá-la, levando-a como bagagem de mão (também ajuda o fato de ele ser cliente VIP da American Airlines e ter um guichê exclusivo para lhe atender, mas não nos desviemos).

Particularmente eu emprego muito essa técnica, que é uma mão na roda. Se minha viagem for de até uma semana, consigo arrumar em uma mala tudo o que vou usar neste período e levo junto comigo. Um dia antes também faço meu checkin pela internet e não enfrento fila no aeroporto. Além de ser uma boa, pois me dá autonomia de resolver tudo sozinho, ainda ganho um tempinho pra chegar ao embarque mais próximo da hora do voo ou mesmo garantir um tempo livre para o caso de ocorrer um atraso no trânsito que me impediria de embarcar se eu chegasse depois de o despacho estar encerrado. Isso já me foi muito útil, pois por mais que você seja precavido, as coisas mais estranhas podem acontecer e dificultar seu dia. Na minha última viagem ao Rio, o taxista errou o caminho do Aeroporto (!) e de nada me adiantou sair bem cedo do hotel. Se não fosse o meu checkin prévio e minha bagagem de mão eu teria perdido meu voo para Fortaleza. Fui o último a entrar na aeronave.

Outra situação engraçada aconteceu quando ia para Fortaleza (to começando a achar que tem um padrão se repetindo com esta cidade hahaha). Desta vez o vacilo foi meu mesmo. Estava com bagagem de mão, mas deixei para fazer o checkin no totem de autoatendimento antes do voo. Cheguei com o que achava ser 40 minutos de antecedência, só que o voo não era às 7h20 da manhã como eu pensava, mas sim às 7h10. Tentei fazer o checkin na máquina e só dava erro. Quando me dirigi ao balcão, que por sorte estava vazio, a funcionária me informou que o embarque já estava encerrado. Gelei! “Meu Deus” – pensei, “eu tenho um treinamento para dar e se perder esse voo vou me ferrar.” Fiz uma cara de Gato de Botas do Shrek e a funcionária passou um rádio para saber se ainda tinha como eu embarcar. Como não precisava despachar nada, ela ainda conseguiu imprimir meu cartão de embarque e daí em diante uma situação cômica se sucedeu: ela saiu correndo pelo saguão do aeroporto pedindo que eu a acompanhasse e ia me perguntando enquanto eu tentava acompanhá-la “Você tem algum objeto cortante ou perfurante em sua bagagem?”, e eu gritando no caminho “não”, “alguma tesoura, objeto frágil ou quebrável?”, “não, não”. Passei no raio X e ela me deixou na porta da aeronave com um sorriso e uma bronca: “Hitalo, lembre que da próxima vez o voo é às 7h10 e não às 7h20!” “Sim, senhora!”. Neste mesmo dia usei esse caso como exemplo de bom atendimento no treinamento que ministrei.

Voltando a Ryan e sua eficiência, vemos como – se colocado em números e produtividade – cada minuto economizado é um minuto bem empregado em outra atividade. Ele mostra para a sua parceira – a que inventou a demissão pela internet – como o tempo perdido em filas de checkin pode ser aumentado grandemente ao longo de meses ou de um ano. Quem trabalha viajando entende bem o que é responder por produtividade, e produtividade nada mais é que hora útil bem empregada. É abrir o laptop (também conhecido como escritório portátil) enquanto o voo não decola e responder emails, fazer contatos, escrever relatórios, finalizar treinamentos e o que mais for possível ao forçar as leis da física e esticar o tempo. Salve Einstein!

Como eu não sou Ryan (ainda) e por mais que tente imitar seus macetes, a minha realidade é a seguinte: existe o lado glamouroso, a imagem despertada nas pessoas e nos amigos que acham que trabalhar viajando é o suprassumo do prazer. Mas, há também o lado real que eu já falei: Arrumar e desfazer as malas, pegar trânsito até chegar ao aeroporto (ai São Paulo!), chegar ao aeroporto efetivamente (ai Guarulhos!!), correr o risco de o voo atrasar ou ser cancelado, fazer checkin em hotel, preencher cansado depois de uma longa viagem a ficha com todos os dados possíveis e imagináveis que a Embratur pede que os hotéis obtenham (é um simples checkin,  não estou pedindo um empréstimo ao BNDES para construir o meu próprio hotel, damnit!) e muito mais que se pode agregar a esta listinha. Isso sem falar de você não poder realmente se programar para muitos eventos para o qual é convidado em sua cidade, pois sempre se está a mercê de precisar fazer uma viagem. Para Ryan isso não é problema, o desprendimento é sua filosofia – mesmo o desprendimento de sua própria família.

Mas, sim, existe o lado bom. Conhecemos várias cidades, nos tornamos mais safos para descascar certos pepinos, aprendemos muito do modo de vida dos locais e vemos que nosso mundinho não se resume a nossa casa e ... tem as milhas! Puts, como eu adoro acumular milhas. Adoro mesmo! Igualzinho ao personagem no filme. Ver o saldo crescendo a cada viagem, imaginando qual o máximo que você pode alcançar, fazer cálculo de qual horário, preço ou Cia é mais vantajosa para acumular milhas... nem dá vontade de trocar!

Eu acredito que quem gosta de viajar por lazer também gosta de viajar a trabalho. Meu trabalho é muito prazeroso e o que faço na minha cidade eu faço em qualquer outra, então, se há oportunidade de conhecer outros lugares, porque não sentar, relaxar e curtir a vista?! Sempre há alguma surpresa boa, uma aventura ou uma história engraçada para contar depois.

No último post sobre esse assunto vou falar do drama e peripécias do trabalho de Ryan: demissão. Vou dar meu ponto de vista sobre esse momento tão temido na vida profissional de muita gente.

Abraços pra quem fica que eu preciso ver se aqueles pontos da viagem de ontem já entraram na minha conta.

J

Um comentário:

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