quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amor sem Escalas – parte 2.

Continuando o post da semana passada, quando falamos das viagens a trabalho de Ryan, fiquei devendo falar mais sobre isso.


A vida de quem viaja a trabalho pode parecer bem glamourosa à primeira vista, mas se mostra bastante complexa e exigente quando analisamos mais de perto. O primeiro mito que precisamos derrubar é o de que viajar a trabalho é (somente) diversão. Coloquei o ‘somente’ entre parênteses, pois há, sim, divertimento. Entretanto, viajar a trabalho pode ser mais cansativo do que ficar na sua própria cidade. Isso porque quem viaja muito a trabalho está sempre em contato com clientes, sócios, diretores – os quais já têm suas agendas apertadas e suas próprias expectativas. Assim, é preciso ter muita eficiência e organização para otimizar o tempo e os custos investidos na viagem.

A primeira etapa é os preparativos pré-viagem. Eu costumo usar uma lista de itens que não devo esquecer ao fazer minha mala, por exemplo. Era de esperar que por viajar bastante isso me fosse automático e rápido, mas é o que mais me exige atenção quando me preparo. Por não gostar muito de arrumar mala, eu passo bastante tempo re-conferindo os itens para ver se não esqueci nada.

No filme Amor sem Escalas, vemos claramente os macetes que Ryan usa para aproveitar seu tempo. O primeiro começa na arrumação da própria bagagem: ele só leva uma mala com tudo o que vai usar na viagem. Dessa forma, não precisa despachá-la, levando-a como bagagem de mão (também ajuda o fato de ele ser cliente VIP da American Airlines e ter um guichê exclusivo para lhe atender, mas não nos desviemos).

Particularmente eu emprego muito essa técnica, que é uma mão na roda. Se minha viagem for de até uma semana, consigo arrumar em uma mala tudo o que vou usar neste período e levo junto comigo. Um dia antes também faço meu checkin pela internet e não enfrento fila no aeroporto. Além de ser uma boa, pois me dá autonomia de resolver tudo sozinho, ainda ganho um tempinho pra chegar ao embarque mais próximo da hora do voo ou mesmo garantir um tempo livre para o caso de ocorrer um atraso no trânsito que me impediria de embarcar se eu chegasse depois de o despacho estar encerrado. Isso já me foi muito útil, pois por mais que você seja precavido, as coisas mais estranhas podem acontecer e dificultar seu dia. Na minha última viagem ao Rio, o taxista errou o caminho do Aeroporto (!) e de nada me adiantou sair bem cedo do hotel. Se não fosse o meu checkin prévio e minha bagagem de mão eu teria perdido meu voo para Fortaleza. Fui o último a entrar na aeronave.

Outra situação engraçada aconteceu quando ia para Fortaleza (to começando a achar que tem um padrão se repetindo com esta cidade hahaha). Desta vez o vacilo foi meu mesmo. Estava com bagagem de mão, mas deixei para fazer o checkin no totem de autoatendimento antes do voo. Cheguei com o que achava ser 40 minutos de antecedência, só que o voo não era às 7h20 da manhã como eu pensava, mas sim às 7h10. Tentei fazer o checkin na máquina e só dava erro. Quando me dirigi ao balcão, que por sorte estava vazio, a funcionária me informou que o embarque já estava encerrado. Gelei! “Meu Deus” – pensei, “eu tenho um treinamento para dar e se perder esse voo vou me ferrar.” Fiz uma cara de Gato de Botas do Shrek e a funcionária passou um rádio para saber se ainda tinha como eu embarcar. Como não precisava despachar nada, ela ainda conseguiu imprimir meu cartão de embarque e daí em diante uma situação cômica se sucedeu: ela saiu correndo pelo saguão do aeroporto pedindo que eu a acompanhasse e ia me perguntando enquanto eu tentava acompanhá-la “Você tem algum objeto cortante ou perfurante em sua bagagem?”, e eu gritando no caminho “não”, “alguma tesoura, objeto frágil ou quebrável?”, “não, não”. Passei no raio X e ela me deixou na porta da aeronave com um sorriso e uma bronca: “Hitalo, lembre que da próxima vez o voo é às 7h10 e não às 7h20!” “Sim, senhora!”. Neste mesmo dia usei esse caso como exemplo de bom atendimento no treinamento que ministrei.

Voltando a Ryan e sua eficiência, vemos como – se colocado em números e produtividade – cada minuto economizado é um minuto bem empregado em outra atividade. Ele mostra para a sua parceira – a que inventou a demissão pela internet – como o tempo perdido em filas de checkin pode ser aumentado grandemente ao longo de meses ou de um ano. Quem trabalha viajando entende bem o que é responder por produtividade, e produtividade nada mais é que hora útil bem empregada. É abrir o laptop (também conhecido como escritório portátil) enquanto o voo não decola e responder emails, fazer contatos, escrever relatórios, finalizar treinamentos e o que mais for possível ao forçar as leis da física e esticar o tempo. Salve Einstein!

Como eu não sou Ryan (ainda) e por mais que tente imitar seus macetes, a minha realidade é a seguinte: existe o lado glamouroso, a imagem despertada nas pessoas e nos amigos que acham que trabalhar viajando é o suprassumo do prazer. Mas, há também o lado real que eu já falei: Arrumar e desfazer as malas, pegar trânsito até chegar ao aeroporto (ai São Paulo!), chegar ao aeroporto efetivamente (ai Guarulhos!!), correr o risco de o voo atrasar ou ser cancelado, fazer checkin em hotel, preencher cansado depois de uma longa viagem a ficha com todos os dados possíveis e imagináveis que a Embratur pede que os hotéis obtenham (é um simples checkin,  não estou pedindo um empréstimo ao BNDES para construir o meu próprio hotel, damnit!) e muito mais que se pode agregar a esta listinha. Isso sem falar de você não poder realmente se programar para muitos eventos para o qual é convidado em sua cidade, pois sempre se está a mercê de precisar fazer uma viagem. Para Ryan isso não é problema, o desprendimento é sua filosofia – mesmo o desprendimento de sua própria família.

Mas, sim, existe o lado bom. Conhecemos várias cidades, nos tornamos mais safos para descascar certos pepinos, aprendemos muito do modo de vida dos locais e vemos que nosso mundinho não se resume a nossa casa e ... tem as milhas! Puts, como eu adoro acumular milhas. Adoro mesmo! Igualzinho ao personagem no filme. Ver o saldo crescendo a cada viagem, imaginando qual o máximo que você pode alcançar, fazer cálculo de qual horário, preço ou Cia é mais vantajosa para acumular milhas... nem dá vontade de trocar!

Eu acredito que quem gosta de viajar por lazer também gosta de viajar a trabalho. Meu trabalho é muito prazeroso e o que faço na minha cidade eu faço em qualquer outra, então, se há oportunidade de conhecer outros lugares, porque não sentar, relaxar e curtir a vista?! Sempre há alguma surpresa boa, uma aventura ou uma história engraçada para contar depois.

No último post sobre esse assunto vou falar do drama e peripécias do trabalho de Ryan: demissão. Vou dar meu ponto de vista sobre esse momento tão temido na vida profissional de muita gente.

Abraços pra quem fica que eu preciso ver se aqueles pontos da viagem de ontem já entraram na minha conta.

J

terça-feira, 21 de junho de 2011

Amor sem Escalas – parte 1.


A primeira vez em que ouvi falar do filme Up in the Air (Amor sem Escalas, no título brasileiro), fiquei curioso para ver a história, pois na época que estreou no Brasil, já tinha sido indicado a vários prêmios lá fora e tinha recebido boas críticas.

A bem da verdade, eu nem sabia de que o roteiro tratava, pois nem o título original (que quer dizer Nas alturas) nem o nome que recebeu no Brasil entregam muita coisa sobre a história (quer dizer, no Brasil entregou um pouquinho mais que em inglês, porque aí eu soube que tinha amor na história, hahaha). Foi por uma reportagem na internet que descobri a trama e me identifiquei de cara.

O personagem de George Clooney, Ryan Bingham, é um consultor de RH que trabalha para uma empresa especializada em conduzir processos demissionais para outras corporações que não querem ter de lidar com esse momento delicado na história (melhor seria o fim da história) de um funcionário na empresa. Basicamente o que ele faz é viajar os EUA de ponta a ponta demitindo os funcionários que as empresas querem cortar por motivos diversos – redução de custos, realinhamento da estratégia e todo o jargão utilizado nessas situações.

Aqui vale uma ressalva: quando eu digo que me identifiquei com a história, não é porque eu saio por aí demitindo todo mundo. O que ocorre é que no ano em que o filme estreou eu tinha acabado de iniciar uma trajetória no departamento de Recursos Humanos como consultor Interno e muito da realidade ali retratada me passou a ser familiar. Ademais, passei a viajar bastante, tal como o personagem principal.

No filme, Ryan simplesmente adora viajar. O lugar em que ele mais se sente confortável é nos quartos de hotéis de luxo (do Hilton, pois o programa de fidelização deles é o melhor) em que se hospeda. Ele chega ao extremo de redecorar sua casa de verdade como um quarto de hotel, com paredes brancas e armários típicos desses ambientes. Sua satisfação é garantida no saguão dos aeroportos ao fazer checkin com seu cartão fidelidade VIP da American Airlines. Nas palavras dele, o ar reciclado, a iluminação fraca e artificial e as comidas à venda nos aeroportos são o que mais o satisfazem. Viajar mais de 300 dias por ano é sua realização, passar o restante em casa é um suplício.

Ryan é obcecado por juntar pontos fidelidade. Ele junta tudo quanto puder. Qualquer estabelecimento que tenha programa de fidelização tem grandes chances de conquistá-lo. Ele paga tudo no cartão de crédito para que os pontos conquistados na fatura sejam revertidos para sua conta. Mas, ele não faz isso com a intenção de trocar por um grande prêmio, uma viagem ao redor do mundo ou coisa que o valha. Ele simplesmente junta pelo prazer de juntar, pelo estímulo de alcançar uma marca pessoal que estipulou para si próprio e que só revela mais tarde no filme.

Sua carreira é “ameaçada” quando uma recém-doutorada com vários títulos acadêmicos e na casa dos 20 e poucos anos, chega com uma proposta que pode revolucionar o que a empresa para a qual Ryan trabalha está acostumada a oferecer. Ela promete cortar em até 80% os gastos com viagens dos consultores para se deslocar até o local da demissão com a implantação de um sistema parecido com um call center em que vários profissionais treinados podem realizar, através de vídeo conferência, uma demissão à distância. É o olho-da-rua 2.0!

Ryan fica estupefato. O que para outros seria uma excelente notícia, evitando uma vida cansativa e sem raízes, viajando de um lugar para o outro, é péssimo para ele. Afinal, viajar é o que ele sabe e gosta de fazer. Ele tenta argumentar com o chefe, mas fica difícil justificar uma recusa de redução de custos de 80% sem motivo aparente. Ele decide então atacar a “culpada” pelo seu infortúnio. Tenta mostrar para ela que tornar uma situação tão delicada quanto uma demissão em um momento frio e impessoal, e ainda por cima à distância, é o cúmulo da insensibilidade. Ele resolve, então, levá-la consigo para que ela veja o que é realmente conduzir uma demissão e porque é importante o cara-a-cara.

Daí em diante, ocorrem as melhores situações do filme. Existe comicidade e drama na medida certa. Fica também a sensação de vazio do personagem: um homem adulto na casa dos 40 anos que não tem um relacionamento sério e preenche suas necessidades com seu trabalho, as palestras que profere em hotéis e, ocasionalmente, com algumas executivas que conhece nos eventos em que penetra sem convite.

Apesar de extrema, a situação de Ryan retrata bem a vida de quem vive viajando. Vamos conversar sobre isso no próximo post?

Aguardo vocês!

Abraços.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Última Conexão: São José do Rio Preto.

10 de junho.

At last, the skies above are blue, my heart was wrapped in clover, oh yeah, at last”

Essa música me veio à mente bem agora ao começar esse post. Nada mais apropriado. Depois de uma longa semana, cá estamos na última conexão dessa Viajatona (Viagem e Maratona), na cidade de São José do Rio Preto.

Como aconteceu em alguns lugares por que passei esses últimos dias, o que eu vi de Rio Preto foi só o caminho do aeroporto ao Hotel e a parte de dentro do Shopping Plaza, local de trabalho. Porém, Rio Preto não difere de outras cidades do interior de São Paulo que estão experimentando crescimento. Já se têm bons serviços, shoppings, hotéis. Pode-se dizer que a cidade está bem servida. Com quem tive a chance de conversar sobre a vida aqui, descobri que as pessoas gostam muito de morar em Rio Preto; para eles, é como poder aproveitar as opções de cidades grandes com a chance de manter um ritmo de vida mais pacato.

Dos locais que visitei a trabalho, o daqui de São José foi o mais divertido. Tive ótimas conversas com colegas, um almoço animado, rico em histórias, e promessas de mantermos contato durante a despedida no final do dia. É por esse tipo de recompensa que eu gosto do que faço.

Comecei esta semana em Salvador, compartilhando histórias, aventuras e pontos de vista. Relembrando estes últimos cinco dias, a sensação é um pouco ambígua: por um lado parece que a duração foi maior do que o que realmente se passou; por outro, a imediatez das viagens apressava tanto o ritmo que mal fui dormir na segunda, acordei na sexta. Relendo todos os posts publicados neste especial, e podendo ter compartilhado essa experiência no blog, encerro esse conjunto de postagens com a sensação de dever cumprido. Quando me propus esse desafio (escrever sobre cada dia das minhas viagens enquanto me desdobrava viajando e trabalhando), não imaginava que sairia do jeito que saiu e fico feliz com o resultado.

As viagens continuarão, mas essa maratona de postagens consecutivas e conectadas fica por aqui (por enquanto, pelo menos). Tem muito mais pela frente e várias ideias prontas esperando para sair do meu HD e entrar no blog. Assunto não vai faltar. Portanto, fiquem ligados. Obrigado a quem me acompanhou e leu os posts, e mesmo a quem ler futuramente, sinta-se cumprimentado. Gostando, deixe seu comentário.

Grande abraço.

Agora é hora de pensar no fim de semana e nas próximas tarefas, pois esta semana terminou, mas a seguinte já começou há tempo.

J

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ainda sobre Campinas...

9 de junho.



No post anterior, intitulado Piracicaba e Campinas, fiquei devendo alguns comentários sobre esta última cidade, já que a postagem ficou longa demais para falar tudo.

Campinas é hoje uma das maiores e mais importantes cidades do Sudeste, e no estado de São Paulo só perde para a capital. Uma cidade muito arborizada, com belos parques, bosques e praças que convidam a um bom passeio, exercício físico, leitura ou qualquer atividade de lazer que combine espaços abertos com a convivência social.

Campinas também tem uma preocupação com boas práticas ambientais e com medidas alternativas de transporte. No começo deste ano, vários quilômetros de ciclovias foram criados nas principais rotas de circulação da cidade, permitindo que os ciclistas desfrutem de local apropriado para se locomoverem, especialmente em fins de semana e feriados.

Se você perguntar a um campineiro comum o que há para se fazer na cidade, provavelmente vai ouvir que a praia deles são os Shoppings (literal e figurativamente falando). Falar de maior shopping hoje no Brasil é correr o risco de ficar desatualizado logo, por isso não dá para garantir se essa informação ainda vale, mas Campinas tem (ou já teve) o maior shopping do Brasil: o Parque Dom Pedro. O shopping é realmente imenso e uma maneira de se localizar é por suas entradas principais, que têm nomes sugestivos e idílicos como Entrada das Águas, Entrada das Pedras, Entrada das Colinas, entre outros. Se você for ao Dom Pedro com um objetivo específico, é melhor se informar de antemão qual entrada o levará mais rápido ao seu destino para não se cansar de tanto andar.

Quando eu falei aí em cima que o campineiro comum indicará os shoppings como passatempo principal de seus conterrâneos é porque essa é a percepção geral. Entretanto, se você der a sorte de conversar com alguém mais descolado, vai conseguir dicas mais interessantes. Na Região do Cambuí, por exemplo, tem um lindo Bosque que convida a uma visita sem hora marcada para terminar. A entrada pode iludir, levando-o a crer que a área é menor do que aparenta. Dentro, além de pista de cooper e trilha na mata, é possível encontrar um zoológico, um aquário e um mini museu de história natural. Há também uma lanchonete e barraquinhas de água de coco e sorvete. O clima dentro do bosque é bem agradável mesmo em dias quentes. Perfeito para quem não quer gastar muito, para se afastar do barulho da cidade (estando dentro da cidade!) e respirar um ar puro e decidir não faze nada (ou quase nada).

Outra pedida bacana é a Lagoa do Taquaral. Na minha opinião, é o Parque do Ibirapuera de Campinas (guardadas as devidas proporções). Esse lugar é fantástico! Para começar, há uma réplica de uma caravela portuguesa dentro da lagoa aberta a visitação (Desde o ano passado estava interditada para reforma, mas devem reabri-la em breve). Da avenida é possível ver a embarcação. Em toda a área da Lagoa existem diversas atrações, passeio de bondinho, pedalinho, área para exercícios físicos, jardins para contemplação, pista de skate, planetário, teatro grego e muito mais. Eu nem tive tempo de ir a tudo quando estive lá.

Para concluir, só porque preciso terminar o post e não por falta de atrativos, tem o Centro de Convivência. Basicamente é uma área em que há um teatro, uma feira de artesanato e barraquinhas de comida. Costumam aparecer por ali famílias, jovens universitários e hippies com seus artesanatos. O que eu mais gostei em minha ida lá foi o mais delicioso Gnocchi e Polpettone que já comi em minha vida. Talvez por ser feito por uma família italiana, ou descendente, e vendido ali na hora na barraquinha, tenho um gosto mais especial. O fato é que em nenhum restaurante italiano que já fui no Brasil, comi prato mais delicioso.

Todas essas atrações que descrevi eu fiz num fim de semana que passei em Campinas bem no comecinho de janeiro de 2011. Apesar de já ter ido lá outras vezes antes, esta foi a primeira vez que tive a oportunidade de conhecer esses pontos de interesses e aproveitar a cidade como ela deve ser aproveitada.

Eu ia falar da parte tecnológica de Campinas, com centros incubadores de empresas, muito importantes no cenário nacional, mas depois de deixar alguns com água na boca imaginando esse Gnocchi, nem teria mais graça né?! Fica pra próxima!

Grande abraço que logo mais sai o post com a última escala da minha maratona: São José do Rio Preto.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quarta conexão: Piracicaba e Campinas.

9 de junho. 


                                                 Estradas de São Paulo

Hoje a minha vida aérea continua com o percurso nas cidades de Piracicaba e Campinas.


Tem uma coisa que eu gosto no estado de São Paulo: as condições das estradas são muito boas e isso ajuda bastante no deslocamento. Na terça à noite ao chegar a Ribeirão Preto, assim como no retorno ao aeroporto ontem para pegar o voo para Campinas, peguei um táxi que me levou até o hotel e desfrutei o caminho percorrendo a estrada que era, como costumamos dizer, um tapete. Como era noite, não tinha trânsito e é possível chegar a 120 Km/h como se estivéssemos a 60. Nem dá para perceber. Hoje de manhã fui a Piracicaba, cidade da região de Campinas, a 90 Km de distância, e também peguei condições invejáveis.

Logo que comecei a vir muito a São Paulo para trabalhar com recrutamento e seleção, tive um pouco de dificuldade na triagem dos candidatos porque muitos se inscreviam para vagas que – na minha opinião – ficavam muito longe de suas residências; muitos em cidades bastante distantes. Eu ficava intrigado com o fato de receber currículos de gente de Guarulhos para trabalhar em Indaiatuba (120 Km de distância!!), mas não receber currículos de pessoas da própria São Paulo. Coisa curiosa!

Com o tempo comecei a perceber que era comum as pessoas do estado de São Paulo efetuarem essa comutação normalmente. Já conheci gente de Campinas que trabalhava em São Paulo, pegando um fretado diariamente para ir de casa ao trabalho e voltar (100 Km de distância); Já vi quem morasse em Santos e trabalhasse em SP capital (80 Km). Tem gente de Jundiaí que faz o mesmo (60Km). E também há os que morem em cidades menores no interior e trabalhem em outras maiores, também no interior, com uma distância razoável que as separe. Ou seja, isso é um traço característico da população local. Para eles, não chega a ser um impedimento acordar muito antes de o sol nascer, passar duas horas num ônibus (como é o caso de Campinas a SP) para ir trabalhar, e no final do dia aguentar mais duas horas para retornar.

Isso para mim pareceu um absurdo no início. Quando tentava associar essa situação com algo que eu conhecesse ou me esforcei para me lembrar de alguém que fizesse isso em Recife, não conseguia encontrar caso parecido. Foi assim, de tanto quebrar a cabeça tentando encontrar candidatos elegíveis para as minhas vagas que descobri que essa era a cultura local e passei a aceitar currículos de pessoas que moravam distante. A partir dessas experiências, entendi que a resposta para a minha perplexidade é que a qualidade das estradas favorecia muito esse deslocamento. Seja por carro, moto ou ônibus, mesmo com o trânsito, isso ainda é viável.

Em outros estados, especialmente no Nordeste – e em Pernambuco em particular, cuja capital, Recife, é uma das maiores cidades da região e grande pólo médico e de informática – a infraestrutura que permita tal tipo de deslocamento ainda é um sonho. Os pernambucanos gostam de elogiar o trabalho feito com a duplicação da 232, mas isso não é nada em comparação. Mesmo pessoas que moram em cidades da Região Metropolitana do Recife, como Camaragibe, Olinda, Jaboatão, Cabo e Nazaré, levam muito tempo para chegar ao Centro. Imaginem se fosse o caso de terem de vir de Caruaru, Gravatá, ou mesmo de João Pessoa, que apesar de ficar na Paraíba, não é tão distante?! Levariam horas e chegariam acabados! Com certeza não agüentariam essa rotina por muito tempo.

                                     Todos os direitos reservados ao detentor da imagem

Recife é uma bela cidade histórica, com belíssimas praias, rios, castelos (na verdade, um Castelo, o de Brennand) e um belíssimo centro histórico: a Região do Recife Antigo, com seu Marco Zero e arquitetura antiga. Mas esse Centro tem ruas estreitas, trânsito caótico e impõe uma dificuldade tremenda a seus habitantes. Para continuar crescendo e proporcionar qualidade de vida aos recifenses e outros migrantes (que estão fazendo o caminho inverso, devido às oportunidades em Suape), Recife precisará de um plano e rápido!

No post seguinte, falarei de Campinas.

Abraços.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Conexão 3: Ribeirão Preto, São Paulo.

8 de junho.

                                             Teatro Pedro II - Ribeirão Preto.

Saindo ontem de Beagá rumo a Ribeirão Preto, peguei o voo no aeroporto da Pampulha. Nossa, mas que aeroporto pequeno! Eu imaginava que por ter dois principais aeroportos na Região Metropolitana de Beagá, o de Confins do Mundo e o da Pampulha, eles fossem como o de Guarulhos e o de Congonhas. Mas nessa comparação, Congonhas é quase um internacional. Pampulha é tão pequeno, mas tão pequeno, que quando você desce do táxi na frente dele e atravessa a porta, você já passou pelo Raio-X e entrou na sala de embarque.

Pampulha me lembrou o aeroporto de Calama no deserto do Atacama, no Chile. Fui lá ano passado e até a hora de chegar, ficava imaginando como seria um aeroporto no meio do deserto. De lá até o hotel, que ficava no meio dos pontos de interesse (ou quase), tive que pegar um táxi que custou 39.000 pesos chilenos, o equivalente a cerca de 150 reais. Dei sorte de dividir o táxi com um amigo e um polonês que desembarcou lá na mesma hora e ia pra cidadezinha de San Pedro de Atacama. Diga-se de passagem, até esse momento eu não sabia em que Hotel ia ficar, escolhi lá na hora.

Pausa para digressão. Eu sei que o post é sobre Ribeirão Preto, mas já que eu comecei falando de Belo Horizonte e meti o Chile no meio, vou falar disso. Depois ponho um post só sobre o Chile, mas isso eu preciso falar. O Hotel que fiquei em Atacama foi oferecido por uma funcionária quando eu passei na frente dele. Ela me convenceu com o preço bom, instalações bacanas e Wi-Fi! Isso mesmo, no meio do deserto tinha conexão Wi-Fi, muito da boa por sinal (com perdão do trocadilho) e também ótima recepção de celular. Essa foi nossa salvação, pois um dia à noite quando estávamos voltando de um passeio, o ônibus atolou e não saía mais do lugar. O guia despreocupadamente apanhou o celular (catou o celular, diriam os paulistas) e chamou ajuda. Fiquei surpreso e muito feliz. Não fosse isso acho que ou morreríamos de frio ou criaríamos força para suspender aquele ônibus de qualquer maneira.

Enquanto o reforço não chegava, ficamos observando a via láctea num dos céus mais límpidos do mundo e tendo aula de astronomia, porque o guia era um renascentista e discorria sobre os mais diversos assuntos de maneira tão fascinante que prendia nossa atenção (esse passeio foi uma barganha pensando no que eu paguei e no que eu vivi de experiências!). No final até torci para o resgate demorar mais um pouco e ter mais aula sobre as constelações e sobre como me localizar com base nas estrelas caso algum outro dia eu me perca na floresta ou em outro deserto.

                                         O deserto do Atacama, no Chile.

Voltando a Pampulha, depois de ter atravessado o aeroporto com 20 passos, embarquei na aeronave da Passaredo, uma companhia que divide os voos com a Gol. Outra surpresa! Nunca tinha viajado com eles e a aeronave era super pequena. Acho que ontem foi o dia micro. Aeroporto micro, aeronave micro. A aeronave era tão pequena que conseguia ser menor do que os turboélices da Trip, menor que o avião da uruguaia Pluna. Essas últimas têm duas cadeiras de cada lado do corredor. A Passaredo tem uma cadeira de um lado, o corredor e duas do outro. O bom é que é o avião perfeito para quem é egocêntrico, você fica ali sentado sozinho, podendo se levantar para ir ao banheiro (que eu por amor à minha vida resolvi não visitar, com medo de que a minha urina retornasse sobre minha cabeça no ciclo natural da natureza e seguindo as leis da física), e sem ninguém babando no seu ombro ou puxando conversa quando você quer ler Harry Potter ou assistir Fringe no notebook.

Chegando ao destino, tomei um táxi e fui me hospedar no shopping.

Come again?

Isso mesmo! Eu não estou tão louco com as viagens a ponto de errar minha hospedagem, ainda. Eu me hospedei no Ribeirão Shopping porque o hotel fica praticamente dentro dele. Para acessá-lo é preciso entrar no estacionamento do shopping. A porta do hotel fica de frente para a porta do Shopping. Espetacular. Só em pensar de acordar mais tarde no dia seguinte sem precisar pegar táxi, não tem peço (quer dizer, tem, mas não fui eu que paguei).

Outro hotel que é assim é o Ibis Tamboré, em Alphaville. Não é tão dentro do shopping como o Ribeirão, mas tem uma coisa massa. Uma passagem do lado do hotel que leva você a um elevador. Este se abre para um foyer e quando você empurra a porta dá de cara com o corredor do shopping e as pessoas passando. Na primeira vez eu tive um susto. Uma colega minha apelidou de As Crônicas de Tamboré, porque a passagem lembra o armário de Nárnia que leva a outra dimensão.

Sabe que eu adoro essas situações?! Tiram você do dia-a-dia comum. Esses hotéis que ficam em shoppings,ou muito próximos a, são bacanas para pessoas excêntricas. Imagina que delícia você se levantar da cama e decidir que não quer usar o banheiro do quarto! Você pega o elevador e vai usar o do shopping. De lucro ainda passa por umas vitrines.

Abraços e nos vemos amanhã em Piracicaba.

P.S. Hoje é aniversário do meu pai. Então, Feliz Aniversário, pai! 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Segunda escala: Belo Horizonte.

7 de junho.
Vista noturna de BH

Esta é a primeira vez que eu venho a BH, pena que não tive tempo de aproveitar a cidade. Cheguei ontem à noite do longínquo aeroporto de Confins (Um nome apropriado, já que fica nos Confins do mundo, hahaha, trocadilho bobo). De manhã cedo fui ao Shopping Diamond e de lá para o BH Shopping.

Deu para perceber que a cidade é bem bonita e agradável. Definitivamente me deu vontade de voltar, o que pretendo fazer tão logo apareça a oportunidade. Suas subidas e descidas me lembraram um pouco Campinas, onde estarei quinta-feira próxima.

Aqui a expectativa está alta para a Copa de 2014, já que BH é uma das cidades com cronograma mais adiantado na realização das obras necessárias. Cogita-se até a possibilidade de uma articulação política para que a cidade seja a sede da abertura dos jogos.

Culturalmente não sei se isso é viável, pois BH não é uma cidade de grande destaque para os estrangeiros. Lógico que muitos podem argumentar que essa seria A oportunidade de isso acontecer. Já na parte de infraestrutura, se o ritmo continuar do jeito que está aqui, a todo vapor, e do jeito que estão nas outras, a nenhum vapor, há chances sim. Se a capital mineira vai conseguir são outros 500. Eu não aposto, pois acho que São Paulo vai espernear muito para não perder essa chance. O Rio não corre esse risco, pois já está certo de anfitriar o Encerramento.

Para quem estava esperando algum comentário sobre o sotaque mineiro, infelizmente não tenho nenhuma anedota para entretê-los. O único fato que percebi é que eles tiveram um pouco de dificuldade de me entender, precisei repetir as coisas algumas vezes. Acho que isso acontece porque os pernambucanos têm o costume de falar mais rápido mesmo, pois já ouvi essa observação de outras pessoas.

Mais tarde vou a PLU pegar o avião para RAO de onde posto amanhã.

Mantenham seus feeds atualizados para não perder nada.

Abraços.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Primeira conexão: Salvador

6 de junho.

Iniciando a maratona, cá estamos nós, conforme prometido. O primeiro destino é Soterópolis, uma brincadeira que eu faço com o nome da cidade, porque quem nasce lá é soteropolitano e não porque seja a cidade dos solteiros. Quer dizer, pode até ser, mas isso eu não saberia.

Esta é a minha quinta vez em Salvador e esta cidade tem um lugar especial em meu coração. A primeira vez que eu vim a Salvador foi em 2005, no Encontro Regional dos estudantes de Letras. Foi uma longa viagem, 18 horas de ônibus. Cheguei parecendo e me sentindo um zumbi. Naquela época (com a velocidade que o tempo passa, 2005 parece que foi em outra década... peraí, mas foi em outra década!) anyway, naquela época eu não trabalhava, era um mero universitário duro que fazia bico traduzindo cartas para uma associação inglesa e o dinheiro que tirava dava para satisfazer alguns poucos caprichos meus. Passagens aéreas não eram tão baratas e não tinha chegado aquele boom de tarifas promocionais. E mesmo que tivesse, dizem que a graça de viagem a Congresso é a farra no ônibus. Pode até ser, embora nessa a gente não tenha zoado demais. Houve até umas loucuras, literalmente, mas isso é papo pra outro post.

O fato é que chegando aqui, na semana santa, eu aproveitei muito. Cumpri tanto as obrigações de estudante, apresentando trabalhos e participando de cursos, como curti a cidade. Conheci os pontos turísticos principais como manda a cartilha e decidi naquele momento que eu gostava de viajar. É. Decidi ali, assim como quem decide que no dia seguinte vai comprar uma roupa nova ou começar a ler um livro.

Eu pensei, ‘caramba, se viajar é isso porque não me disseram antes?!’ Sempre que tiver congresso eu vou (hahaha, mentalidade de estudante é assim, tem que começar de algum lugar né?). Assim, no último dia, antes de voltarmos, foi votado que a cidade sede do próximo evento seria São Luis do Maranhão. Maravilha! pensei. Sempre quis conhecer uma cidade com uma influência portuguesa mais marcante. Engraçado né, eu já falava como quem era muito viajado, “sempre quis conhecer...”

No ano seguinte, comecei a trabalhar e não pude ir ao evento, acabei conhecendo São Luís nas minhas primeiras férias do trabalho em 2007. Até hoje me pergunto se os Lençóis Maranhenses existem mesmo ou se são só uma miragem de tão espetacular que é a paisagem.

Voltando a Salvador. A segunda vinda foi em 2008 – na semana santa também. Mas dessa vez sem congresso. Promoção de passagem aérea, mais uma vez curti a cidade. Revisitei os lugares que já tinha ido e fui a outros novos. Como fui com amigos me senti o guia de turismo, embora só tivesse vindo uma vez e 3 anos antes. Mas mesmo assim, lembrava de muitas informações e falava com segurança, sugerindo lugares e percorrendo com desenvoltura as ruas do Pelourinho.

A terceira vez foi em janeiro de 2009. Foi minha primeira vez a trabalho, em Salvador e na vida. Era para passar uma semana, mas acabou virando duas – o que eu adorei, pois tinha o fim de semana no meio com tudo pago pela empresa sem precisar ir ao trabalho! Mais uma vez, pé na estrada. Mandei-me para Itaparica. A ilha em si não é lá essas coisas. A água é gostosa, mas a estrutura deixa a desejar. Valeu pelo passeio de barco. Foram duas semanas que pareceram um mês. Mas sabe quando a obrigação nem parece obrigação? O que eu fui fazer em Salvador faria em Recife, então saí no lucro, além de fazer amigos de outras cidades que também foram para lá trabalhar comigo. Mais uma vez a viagem foi bastante proveitosa, pois fiz amigos que tenho em mais alta estima até hoje. Íamos todas as noites para a piscina aquecida do Hotel e conversávamos e ríamos até altas horas. Ainda agradeço por não termos recebido uma chamada.

A quarta vez foi bem rápida. Também a trabalho, só dois dias e uma noite. Ainda deu para escapulir no primeiro dia experimentar o acarajé do Rio Vermelho. Gostoso, mas ainda não ganhou do acarajé da baiana Cida que eu conheci na segunda vez, na frente da Igreja do Bonfim.

Finalmente hoje, completei minha quinta rodada em Soterópolis. Não sei se posso chamar assim, pois vim justamente para trabalhar no aeroporto e daqui mesmo vou para Belo Horizonte, sem nem tempo de por a cabeça fora da porta para sentir o cheiro das árvores que ladeiam o caminho que nos leva e traz ao aeroporto.

Assim é Salvador para mim: uma cidade linda, com seu ritmo único, pessoas amigas e uma atmosfera de encanto que sempre me proporciona bons momentos, eternizados nas lembranças que trago e nos acontecimentos que me marcam.

A jornada foi boa, corrida como eu esperava, e é apenas o primeiro dia desse Amazing Race. Torçam por mim e fiquem ligados! Amanhã tem post direto de BH.

Fui, que a última chamada me espera. Embarque Imediato.

Abraços e obrigado por viajar conosco!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Primeiras Palavras


Por que agora? Por que não antes, por que não deixar para amanhã?
Essas foram algumas das perguntas que me passaram pela cabeça quando decidi criar o meu blog. Fiquei querendo esperar o melhor momento (qual seria?), ter o assunto certo para começar (existe esse?) e mil outras frescuras que só quem é perfeccionista sabe como é. Enfim, perdendo todo o sentido do blog, que é compartilhar ideias e falar para as pessoas que gostam do que você tem a dizer, sem se preocupar com todo o rebuscamento ou acabamento que um livro teria.

Assim, com esse balde de água fria em mim mesmo (porque até eu que sou muito indeciso tenho momentos de lucidez) me obriguei a sentar e criar este blog. 

Pra falar a verdade, eu não sei bem qual destino ele vai tomar. É normal que no começo eu fale das coisas de que gosto, comente assuntos fúteis ou sérios, profissionais ou de lazer. Mas, o que eu quero mesmo é curtir.

Para quem já me conhece, sabe que eu adoro viajar - a lazer e para trabalhar, bater perna o dia inteiro. Gosto de ler, assistir séries e ir ao cinema, dar ótimas gargalhadas, passar um tempão num bom café, aproveitar aquele desconto que só os mailings de sites de vendas e as empresas de compras coletivas podem oferecer; adoro tradução e usar Power Point (até para planejar viagens - Já assistiram "Encontro de Casais"? Então sabem do que eu tou falando), gosto de dublagem e legendagem, e às vezes, de bater palmas. E para quem não me conhecia, passou a fazê-lo ao terminar de ler este parágrafo.

Na próxima semana, eu farei uma maratona de viagens de trabalho como nunca fiz desde que estou neste cargo. Viajarei na segunda de manhã a Salvador e voltarei de Campinas/SP a Recife na sexta, pegando um avião todas as noites para me deslocar e passar a noite numa cidade diferente. Por que não aproveitar este gancho para ter mais assunto para este blog? Vocês topam? Vou colocar meus relatos de viajante em um post por dia. Façam seus check-ins (no aeroporto e no Foursquare) e me acompanhem nesta aventura. Lembrem-se de não levar objetos cortantes ou perfurantes em suas bagagens de mão e de aproveitar a viagem.

Até mais!